Distrito ‘Little Africa’, em Guangzhou – Foto AFP
Uma filial do McDonald’s em Guangzhou, na China, proibiu a entrada de negros no restaurante e usou o coronavírus como justificativa. O ato chamou a atenção e está causando uma revolta mundial, além de estar criando uma crise diplomática.
Tudo aconteceu pois, por algum motivo, africanos foram associados ao Covid-19 na região. Com isso, pessoas negras (africanas ou não), estão sofrendo restrições em Guangzhou, sendo vítimas de mais preconceito do que já sofrem.
Segundo relatos da BBC, os negros estão encontrando dificuldade para conseguir um quarto de hotel, e outros foram até despejados de suas casas.
Essa assimilação equivocada com o corona aconteceu pois cinco nigerianos na cidade tiveram teste positivo para a doença. Relatos afirmam que os negros estão sendo submetidos a testes do vírus mesmo sem sintomas. Dos 4.600 africanos que vivem em Guangzhou, apenas 111 testaram positivo para o Covid-19.
No último sábado (11), a Embaixada dos EUA na China havia afirmado que ‘a polícia [chinesa] ordenou que bares e restaurantes não atendessem clientes que parecem ser de origem africana’. Mais de 20 países africanos declararam publicamente que a China está sendo racista, e os laços diplomáticos entre as nações está abalado.
Com o caso viralizando, a filial do McDonald’s foi fechada. A multinacional pediu desculpas e afirmou que o ocorrido não reflete os valores da empresa. A polícia chinesa negou que esteja sendo racista. O que você acha?